Situado no interior raiano, o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo pode orgulhar-se das suas gentes, da sua história e do legado patrimonial que possui.
A beleza paisagística e natural, que adquire mais enfâse em Fevereiro e Março com a flor da amendoeira, é outra das suas riquezas.
Situado em pleno coração da Região do Riba-Côa, o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, instituído por Decreto de 25 de Julho de 1836, apresenta grande riqueza de património edificado e paisagístico, mas é o calor das gentes que constitui a sua principal riqueza.
Em todas as freguesias encontramos obras de grande valor que desvendam segredos e recordações de tempos passados e merecedores de uma visita mais atenta.
A Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo e o seu recinto muralhado, constituem-se como um dos mais fortes apelativos para tal, pois, por entre as
memórias de um espaço que agora nos surge sob a forma de ruínas, subsiste valiosa história que se relaciona directamente com os grandes momentos da história de Portugal.
Mas não é apenas o nosso património que serve de cartão de visita a este Concelho, já que a natureza foi pródiga na paisagem. Quem visitar a nossa região não pode deixar de ficar agradavelmente impressionado, principalmente na Primavera, ao contemplar o belo panorama que nele se desfruta. Nos meses de Fevereiro e Março, as amendoeiras em flor oferecem aos nossos olhos uma beleza de estonteante cromatismo.
Pelas freguesias, os campos de cereais e as árvores de fruto, conferem à nossa paisagem rural, uma beleza dificilmente igualável, pois os produtos
agrícolas, têm aqui um sabor diferente e natural. Assim, a vinha, os olivais e amendoais, produzidos nestas terras, são preciosidades que devem merecer a atenção de todos os amigos visitantes.
Em definitivo, vale bem a pena uma visita a estas paisagens, onde não faltam os belos atractivos com que a Mãe Natureza a dotou, pois são inúmeras as paisagens paradisíacas e invulgares de beleza. Os produtos regionais de excepcional qualidade e a riqueza da cozinha tradicional são mais um factor a cativar os visitantes, que não mais esquecem os aromas deste calmo, mas vivo Concelho, bem como a hospitalidade das suas gentes.
O Parque Natural do Douro Internacional, que abrande grande parte do concelho, serve também de local de atracção para os amantes da natureza. Com uma flora onde predominam os bosques endémicos, onde predominam a azinheira, o sobreiro e os carvalhos, é a sua rica fauna que deve merecer atenção. Nas arribas do Águeda, em locais de difícil acesso, nidificam nos afloramentos rochosos, o grifo, a Águia-real e o abutre do Egipto.
Figueira de Castelo Rodrigo, apresenta uma paisagem e acolhimento único e os vales do Douro e do Águeda, assumem-se, no contexto ibérico, como verdadeiros santuários naturais.
Desde o Douro até ao limite sul do concelho, por planícies, vales e montanhas, encontrará tesouros artísticos desconhecidos e explorará paragens recônditas, captando fragmentos de sedução.
Venha descobrir mil mundos ao alcance da sua mão,
para degustar o prazer do natural
A Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo
Numa elevação da serra da Marofa, está situada a aldeia histórica de Castelo Rodrigo. Foi vila e sede do concelho durante mais de 600 anos, conservando ainda parte da cintura de muralhas, que no passado faziam dela, uma importante fortaleza de fronteira.
A situação privilegiada da aldeia, no extremo mais oriental do país, junto à fronteira com Espanha, transformavam-na em ponto chave da defesa da Beira.
Castelo Rodrigo esteve sob domínio Leonês até 1297, quando, pelo tratado de Alcanizes, no reinado de D. Dinis, passou para a coroa portuguesa, depois de séculos de disputa.
As guerras da Restauração proporcionaram a Castelo Rodrigo integrar-se num dos ciclos gloriosos da história de Portugal, através do exemplo de coragem dado pela população, no cerco feito à vila no ano de 1664, pelo numeroso exército do Duque de Ossuna.
7 de Julho, feriado municipal, marca a data em que as tropas comandadas por Pedro Jacques de Magalhães, venceram na Salgadela (batalha de Castelo Rodrigo) o invasor espanhol.
Visitar Castelo Rodrigo, é fazer uma viagem pela história, pois são muitos os monumentos de interesse histórico- arquitectónico: O Mosteiro de Santa Maria de Aguiar, de fundação cisterciense do séc. XI; a igreja de N.ª Sr.ª de Rocamador, fundada no séc. XIII, pelos frades hospitaleiros, para o apoio dos peregrinos a Compostela; A cintura muralhada; as casas, umas de estilo manuelino, outras de influência árabe; o pelourinho de gaiola manuelina, símbolo do poder municipal; as ruínas do palácio Cristóvão de Moura, representante do rei de Espanha, que o povo destruiu, após a proclamação da independência.
Historicamente, nenhuma povoação raiana exerceu por tão longo período um lugar tão relevante na defesa do território e nas relações luso-castelhanas.
Monumentos e Locais a Visitar
Os habitantes do nosso concelho, podem orgulhar-se do legado que os valorosos antepassados nos deixaram.
Vários são os imóveis classificados e de rara beleza, existindo nas várias freguesias valioso património, que passa pelas igrejas, a maior parte de estilo românico, as fontes e chafarizes, as pontes e capelas.
Assim, recomendamos um percurso, que permitirá conhecer a nossa história, as nossas paisagens e as nossas gentes:
Escalhão:
As amendoeiras em flor, no lugar da Barca d´Alva e as magníficas vistas que confere o miradouro da Sapinha, são merecedores da nossa atenção. Subindo em direcção à sede da freguesia, destaca-se a magnífica e imponente igreja matriz, templo do séc. XVI. Na estrada que liga à sede do concelho, destaca-se a ponte medieval que, datará do século XIV, integrada numa antiga via medieval de acesso a Trás-os-Montes e via de peregrinação a Santiago de Compostela.